O senhor Sócrates voltou. Sem
nevoeiro, nem alarme meteorológico. De Paris, com ar filosófico, embora sem
citações platónicas, nem sabedoria socrática.
E que disse?
Basicamente: “A culpa não é
minha!”
Surpreendente, num político!!!
Depois, a arenga típica:
1. Há uma “narrativa”, construída
pela direita, contra ele próprio e contra a sua herança. E “mistificação”. E “embuste”.
2. A culpa é dos mercados
financeiros. Nunca dele. “Jamais” (a pronunciar com boquinha pequena, com ar francês). E, obviamente, do chumbo do PEC IV. De quem??? Sim, do PEC IV,
pela “direita embusteira”.
3. “O Senhor Presidente da
República não tem autoridade moral para falar de deslealdade”. Porquê? Porque é
“a mão escondida por trás do arbusto” que levou à crise política. Porque embora
já falasse, em 2010, da crise que aí
vinha, o que esteve por trás foi uma história mal contada sobre a espionagem da
Casa Civil e um retrato da crise, no discurso de posse…
Único erro reconhecido em toda a
entrevista: “formar governo minoritário”. E só por falta de dotes
adivinhatórios sobre a crise que aí vinha.
Propostas proféticas: “Parar com
a austeridade”. “Parar de escavar” no buraco em que já estávamos. Ou seja, meus
amigos, o que há a fazer é… (o tempo limitado da entrevista não permitiu ao
guru explicar mais…).
Conclusões do observador:
1) Dois anos de filosofia em
Paris não mudam o carácter.
2) O senhor Sócrates não viu necessidade de trazer nada novo. Nem no discurso, nem nas propostas.
2) O senhor Sócrates não viu necessidade de trazer nada novo. Nem no discurso, nem nas propostas.
2) O PS deixou de existir. Por
supérfluo…
3) O senhor não quer ser
Presidente, nem Primeiro-Ministro. Nem sequer presidente da Junta. É só para
animar a malta.
4) A malta que se cuide. Porque
para malta medíocre, este senhor chega. E sobra. Até porque traz conversa de Paris… “Donde?!” De Paris. Ui… Nunca o mesmo foi tão novo!!!
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